sexta-feira, 18 de julho de 2014

Quando sua criatividade não funciona

Todo escritor sente a necessidade de escrever. 

Às vezes, a vontade chega de um modo completamente inesperado. Quando eu estou escutando uma música, por exemplo, e uma das palavras dela pisca na minha cabeça em luzes neon e única coisa que eu consigo pensar é "isso daria uma bela história". Também tem aqueles momentos em que algo super importante está acontecendo e eu só consigo pensar em como transformar a situação num texto para o blog. Ou, ainda, quando bate uma inspiração do nada e eu começo a digitar palavras aleatórias no teclado (mesmo que elas não façam sentido nenhum, o que ocorre frequentemente).

Seja de um jeito ou de outro, todo escritor sente a necessidade de escrever. O único problema é apenas vontade não nos leva a lugar algum.

Para escrever, a primeira coisa necessária é, sim, a inspiração. Depois, a vontade. E então, tempo e paciência de sobra (mantenha sempre potinhos com esses dois por perto, você vai precisar). Quando um desses itens não existe, a gente empaca.

Todo escritor já sentiu a necessidade de escrever, mas estava passando pelo que nós chamamos de "bloqueio criativo".

Diferente do que muitos leitores pensam, bloqueio criativo não é "desculpinha" nossa para atrasar as postagens. É algo muitíssimo real e que a ciência deveria estudar, porque pesquisas (minhas, que eu acabei de realizar com a minha imaginação) comprovam que a cada dez autores, onze sofrem de bloqueios criativos severos e se sentem um, perdoem-me pela expressão, lixo por isso.

Esse tal bloqueio é igual aos nossos parentes sem-noção. Ele não manda mensagem de texto avisando que está a caminho, não pergunta se você pode hospedá-lo e já chega com sete malas cheias de roupas para mostrar que não pretende ir embora tão cedo.

Num momento, tudo está ótimo. As palavras vão se formando na sua cabeça tão naturalmente que parece que sempre estiveram ali, e você, agilmente, coloca-as no papel ou teclado com a graça de uma borboleta. De repente, sua mão para de se mover. Sua mente não produz mais pensamentos, e você mal consegue focar no último parágrafo para conseguir retomar a escrita. Você permanece assim durante alguns segundos, até conseguir lembrar de informações básicas - qual seu nome, que dia é hoje e o que diabos você estava fazendo com esse documento do word aberto. Quando isso acontece, bate o desespero. Seu cérebro não está funcionando normalmente, porque não dá para escrever.

Simplesmente não dá.

E você lê e relê seu texto uma, duas, quarenta mil, setecentas e noventa e cinco vezes. Depois disso, dá uma pausa e vai beber água. Volta, lê suas últimas palavras novamente e percebe que não vai conseguir continuar. O desespero aumenta, misturando-se com ondas de tristeza, agonia e ansiedade. Após um longo suspiro, você desliga o computador, se joga no sofá e olha para o teto sem realmente ver nada, pois sua cabeça está nas nuvens. É um bloqueio criativo. E só Deus sabe quanto tempo ele vai durar.

Esse texto surgiu do item 27 da lista de "642 coisas sobre as quais escrever".

P.S.: Mudei o layout. O banner foi feito pela Rebeca, mas deve ser óbvio que não é meu porque ficou perfeito. Admitam.

domingo, 13 de julho de 2014

"Copa das Copas"

São 21h30 e eu provavelmente deveria estar secando o cabelo (minhas aulas voltam amanhã, então vou ter que acordar cedo), mas lembrei que ainda não tinha feito um post sobre a Copa e decidi que o momento certo era agora.

Hoje, pela primeira vez em anos, eu assisti um jogo da Copa (que não era do Brasil) inteirinho. Não sei se fui movida pela vontade de ver a Argentina perder, ou se era porque eu queria muito que a Alemanha ganhasse, mas algo me forçou a não desgrudar os olhos da televisão enquanto a bola estivesse rolando. E, gente, preciso admitir que eu me arrependi de não ter feito isso em todos os outros jogos. É tão legal analisar outros esquemas táticos, uniformes, estilos e tipos físicos (sim) de jogadores que não são do Brasil/time para o qual eu torço. É uma mudança de ares sem sair de casa. E um dos meus pequenos arrependimentos vai ser não ter aproveitado as férias para ver os jogos dessa Copa (não, eu não tive aula desde o dia da abertura).

Eu vi o Brasil perder uma Copa em casa. Eu vi a Alemanha ser o primeiro time europeu a ganhar uma Copa em solo sul-americano. Eu vi o craque do nosso país quebrar uma vértebra e ser impedido de jogar contra a Alemanha. Eu vi uma goleada histórica (nada boa para nós, é claro, mas ainda sim histórica) acontecer. Eu vi o Brasil ir para as prorrogações e para os pênaltis pela primeira vez em vários anos. Eu vi mordidas, chutes, voadoras e golpes de kung fu serem treinados nos jogos. Eu vi várias boas seleções serem eliminadas. Eu vi a "Copa das Copas" acontecer em 2014 no meu próprio país, e vou poder contar isso para os meus filhos.

Não sei se estou triste pelo Brasil ter sido eliminado numa semifinal (e perdido de 7x1, placar que provavelmente ficará marcado na história do futebol mundial eternamente) ao invés de ter aproveitado a chance única de ganhar uma Copa em casa. Claro que teria sido ótimo e eu teria chorado muito, mas acredito que deve ganhar quem jogou bem. E, por favor, alguém acha que eu estou mentindo ao dizer que o Brasil em nenhuma partida jogou tão bem quanto a seleção da Alemanha? Não perdemos porque o jogo foi vendido, e sim porque jogamos mal. Chorei, sim, mas não fiquei 100% indignada com o resultado (só com o número de gols sofridos). Os alemães mereciam esse título, talvez até mais que nós. E nossa seleção, novinha que só, vai durar até 2018 (mas, por favor, deixem alguns desses jogadores aqui no Brasil).

(Deixando meu lado fanático tomar conta do post por um momento: a taça não é nossa, mas dos hermanos também não).

De qualquer forma, eu vi tudo isso acontecer com meus próprios olhos. A história do futebol ganhou mais algumas páginas, e nós assistimos ao espetáculo de nossas TV's em alta definição. Tem coisa melhor que poder falar isso?

E anotem aí: estarei aqui, nesse mesmo blog, na Copa de 2018 para comemorar (ou chorar) com vocês. Se Deus quiser.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Novas paixões

Segundo meus cálculos avançadíssimos, passei mais de seis meses sem dar as caras por aqui. Apesar disso acontecer frequentemente e de todos vocês saberem os motivos (eu os explico cada vez que reapareço depois de meses sem escrever), resolvi dar uma passadinha apenas para lembrar que ainda existo e que não, eu não vou abandonar o blog. Eu sei que quase nunca venho aqui e que deve ser chato seguir um blog tão desatualizado, mas ainda não desisti. Posso não estar sempre postando no Entrelinhas, mas continuo escrevendo e fazendo nada em outros sites o dia todo. Não se preocupem que de tempos em tempos eu venho tirar o pó desse nosso amiguinho.

(Ai, por favor, finjam que vocês não me viram chamar o blog de "nosso amiguinho".)

No último semestre, muita coisa aconteceu. Pouco tempo depois da minha última postagem, minhas aulas voltaram. Comecei meu último ano do Ensino Fundamental (que é o 9º, by the way, antiga 8ª série) jurando que faria as coisas de maneira certa, que estudaria mais e não passaria o dia inteirinho vendo séries e ficando gorda no meu cantinho afundado do sofá. É claro que, como acontece todos os anos, a promessa não fui cumprida. Ganhei alguns quilos, afundei ainda mais o sofá, fiquei de recuperação em dois objetivos e, de brinde, ganhei um belo de um castigo durante um mês. 
Pelo menos fiquei em dia com Agents of S.H.I.E.L.D., The Vampire Diaries, Once Upon a Time, Pretty Little Liars (já estou atrasada de novo, aliás), Castle e Intelligence. Comecei várias séries novas (prometo fazer um post sobre tudo que eu assisto ainda esse ano) também, mas queria ter feito tudo isso e ficado com uma nota maior no boletim.

Em fevereiro, como todos sabem, foi o meu aniversário. Dia dezessete, a pirralha aqui completou 14 anos. Não teve uma festa muito grande - alguns primos, minhas irmãs e várias amigas que passaram a tarde comigo assistindo filmes de terror e fazendo bagunça no quarto dos meus pais - e eu não ganhei muitos presentes, mas o importante é que celebrei a data (e que o bolo estava bom). Como sempre, estava chovendo no dia e meu cabelo ficou um horror. Mantive ele preso e não saí muito bem nas fotos. Acho que até as melhores coisas da vida têm um preço, né?

Em abril, se não me engano, conheci a Analu pessoalmente na festa do filho do meu primo (que, coincidentemente, é afilhado dela e filho da prima dela). Não conversamos muito - eu não falei com muita gente fora do whatsapp porque estava de TPM e sem vontade de puxar assunto com quase ninguém (não que minha família respeite as minhas vontades, mas eu tentei deixar claro que só queria comer as minhas batatinhas e discutir sobre a prova de matemática com minhas amigas) -, mas ela era fofa exatamente como é no blog, e isso eu consegui perceber mesmo nas poucas palavras que trocamos.

Pulando alguns meses que não tiveram eventos tão importantes (a não ser que o meu conteúdo de matemática seja interessante), em junho aconteceu a festa junina da escola. 
Uma semana antes dela ser realizada, tivemos dias bem frios e chuvosos - como já se é de esperar -, o que nos levou a pensar que estaria assim no dia 7. O pior é que estávamos parcialmente certos, porque choveu e muito. Mas também esquentou (dá pra entender essa cidade?) o que fez com que as barracas amontoadas para não serem expostas à chuva featuring a quantidade imensa de pessoas que frequentam as festas juninas do meu colégio todos os anos (acreditem, esbarrei com quase todos os meus vizinhos enquanto me locomovia de um canto do colégio até o outro. Para falar a verdade, eu esbarrei com todo mundo, porque não tinha muito espaço para andar por lá) tornassem o ambiente quase insuportavelmente quente. Como acontece todo ano, o 9º ano também dançou quadrilha - eu estava com o cabelo ruim por conta da chuva, pingando suor por causa do calor e, também, com uma alergia que não me deixava respirar e me dava uma dor de garganta horrível - e, apesar de ser divertido, foi um belo desastre. Meu par ficava fazendo gracinhas e nós não conseguíamos levar a dança a sério, além de que muita gente que não era da minha série (ou da minha escola) dançou junto, e a coisa toda virou uma muvuca e um empurra-empurra sem fim. Nem meu pai, que é meu pai, conseguiu elogiar a dança.
Pelo menos meu professor responsável por "puxar" a quadrilha se divertiu, e eu consegui desviar a atenção da minha garganta inflamada durante uns quinze minutos. 

Agora, em julho, está tendo a Copa - e as minhas férias. 
Eu não sou tão ligada na Copa do Mundo quanto a maioria das pessoas. Não acompanho todos os jogos (exceto os do Brasil, que eu vejo do começo ao fim e depois vou comentar com as minhas amigas) e não fico ligada em todas as notícias; na verdade, aproveito o tempo de folga para ver séries e ler meus livros atrasados. 
Não vou me prolongar nesse assunto - porque tem coisa demais para ser dita sobre futebol, e vocês sabem como eu consigo pirar e esquecer completamente da vida - porque há mais coisas para dizer, mas quem quiser discutir sobre isso comigo no twitter pode ficar à vontade.


Antes de prosseguir para o assunto que eu estava coçando os dedos para mencionar, vou dar uma rápida explicação sobre as mudanças feitas no blog.

Se você é um bom observador, deve ter notado que as páginas "Me" e "Recomendações" desapareceram. Não se assustem, é apenas temporário. Eu vou reformá-las e logo estarão disponíveis novamente (com logo eu quero dizer não sei exatamente quando, mas espero que seja em 2014). Talvez a página sobre mim não seja reativada, porque atualizei meu perfil e acho que tudo de interessante que possa existir sobre mim está lá. Junto com as páginas, tirei aquele gadget que mostrava todos os marcadores de todos os meus posts porque estava uma verdadeira bagunça. Vou editar os outros posts, mudar as tags e ele logo estará disponível.
Caso queira saber mais alguma coisa, novamente, não hesite em me chamar para uma conversinha no twitter (que é meu próximo tópico, aliás).

Ainda sobre essas mudanças, eu "criei" um twitter pessoal (na verdade estava só guardando o user dele e resolvi utilizá-lo) para conversar com vocês. O usuário é hermiosa (palavra que eu criei juntando Hermione com hermosa [bela, em espanhol]. Não faz sentido nenhum, mas eu sou péssima com usuários). Provavelmente não vou entrar todos os dias, mas vou tentar dar uma atualizadinha no mínimo uma vez por semana, para que esses meus hiatos não pareçam tão grandes quando eles realmente são.


Agora que terminei de dar minhas explicações, vou ao assunto que queria abordar há tempos mas estava com preguiça. Como esse post já está grande demais, a segunda parte só ficará acessível a quem clicar no link abaixo: