sábado, 31 de dezembro de 2016

Adeus ano velho...

Confesso que quase esqueci de fazer a retrospectiva esse ano. Ainda bem que minha mãe está ouvindo essa música desde cedo e acabou por me lembrar.

O post de metas para 2016 está aqui. Vou aproveitar o embalo e já riscar da lista de 101 coisas alguns itens que eu consegui cumprir esse ano.

Metas:

1. Beber mais água, me alimentar melhor, deixar de ser sedentária.
Essa meta eu nem vou mais colocar em lista nenhuma. Realmente, bebi muita água, parei com chocolate e refrigerantes e agora quase nem estou mais comendo que nem um javali selvagem o dia inteiro. A parte de ser sedentária, no entanto, continua firme e forte. Segunda feira eu começo a mudar.

2. Me dedicar mais aos estudos.
[Anitta's voice] Vocês acharam que eu não ia exibir meu boletim hoje, né?

3. Escrever mais.
Além de ter escrito umas histórias aqui e ali, feito alguns posts e tal também comecei a reescrever uma história com a qual eu trabalho desde 2012. Me sentindo a própria J.K. Rowling no momento.

4. Cuidar mais da minha saúde.
Acho que o primeiro item e esse se completam, não?

5. Cuidar mais da minha pele e do meu cabelo.

6. Variar mais os temas dos textos do blog.
Considerando que postei umas tags e tudo, acho que dá para dizer que eu variei um pouco esse ano, né? Rs.

7. Finalmente ler Orgulho e Preconceito.
O livro tá lindo e baixado na Play Livros, mas não toquei até agora. Fica para 2017 essa metinha.

Num geral, estou até que satisfeita com o rendimento dessa lista. Consegui cortar 5 itens de 7, provavelmente um recorde.

Agora, a parte da lista.

1. Ler mais de 20 livros em um ano.
Na verdade eu não tenho certeza se fechei mais de 20. Eu sei que li 20 (os que já marquei aqui, A Guardiã da Minha Irmã, A Última Quimera, todos de Percy Jackson, os dois primeiros de Heróis do Olimpo e A Garota Italiana), mas, como parei de anotar depois de um certo período, não tenho certeza se terminei algum outro. É provável que eu tenha relido pelo menos um de Percy Jackson ao longo do ano. Também é capaz que eu tenha terminado o terceiro da série A Mediadora em algum momento entre abril e junho. Quase certo de que reli Sorte ou Azar em janeiro, mas esqueci de marcar. Se formos considerar uma fanfic que eu li completa esse ano e que será lançada como livro em 2017, teremos mais de 20.
De uma forma ou de outra, atingi a meta. Viva eu!

40. Responder o maior número de tags que eu conseguir.
Confesso que não postei todas, mas respondi várias delas. Estão no rascunho esperando para serem postadas.

48. Fazer uma mudança radical no meu cabelo.
Falei sobre esse aqui. 
68. Fazer alguém de fora do meu convívio sorrir.
Falo mais sobre isso no famigerado post que chega em janeiro.

73. Começar 3 séries novas e ir até o fim.
Comecei Lúcifer, Gilmore Girls e o revival de Gilmore Girls e terminei todas as três. Não tenho certeza, mas talvez tenha visto Drop Dead Diva e Being Erica esse ano também. Vai chegando a virada e eu vou perdendo a habilidade de calcular o tempo.

82. Fazer uma limpa nas minhas amizades, estou precisando.
Fiz essa meio que sem intenção. Deu boa.
Eu não achei que fosse conseguir bastante coisa esse ano, mas até que tive um resultado bom. Espero conseguir números ainda melhores em 2017.

Agora, como de praxe, só volto no ano que vem. Boas festas!

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Coisas que 2016 me ensinou


Quem mora no twitter ou faz visitas frequentes deve ter visto essa brincadeira rolando. Já é de praxe para nós, twitteiros, reclamar da vida e dos anos como se não houvesse amanhã, então é óbvio que uma corrente de positividade seria estranhada (e não muito difundida) na rede social.

Ainda assim, quando eu vi a brincadeira, resolvi aderir. Se estamos nessa vibe de fazer um ano positivo por conta própria, por que não começar refletindo de forma boa a respeito de 2016? 

O meu primeiro item envolve algo que prefiro contar de forma mais detalhada num post futuro (que sairá aproximadamente no dia 25/01, aguardem maiores informações). O segundo item foi o seguinte: 



Daí veio a ideia para o post. No meio de tanto tiro, porrada e bomba, quais flores 2016 me trouxe?

1. Aprendi a deixar para lá o que pode ser deixado para lá. 
Eu não gosto de engolir sapos. Não gosto quando algo me deixa desconfortável e eu sou impedida de falar a respeito. Gosto de desabafar mesmo, falar tudo o que eu estou sentindo na hora que acontece e resolver meus problemas com quem eles devem ser resolvidos.

O negócio é: eu sou assim. Eu, Maria Eduarda, resolvo tudo na conversa. Mas tem gente que não gosta. Tem gente que não toca em assuntos desconfortáveis, que não gosta de retomar situações que já acabaram, que engole sapos pelo bem da amizade por meio de brigar. Não é por maldade, é por ter mais paciência que eu e aguentar mais trancos que eu. E se as pessoas funcionam assim, quem sou eu para querer que elas mudem?

Então, esse ano eu entendi que não é preciso falar sobre tudo. Nem tudo é proposital para me incomodar, nem tudo é consciente e nem tudo que me incomoda incomoda aos outros. O negócio é refletir: estou magoada ou com o orgulho ferido? A conversa vai levar a algum lugar ou a uma briga? Vale o estresse? Se as respostas forem não, deixa pra lá. Melhor aprender a controlar meu gênio do que encher o saco de amigos por problemas que nem ao menos são problemas em primeiro lugar.

2. Crianças exigem paciência e disposição, mas elas são mil vezes mais sábias e abertas do que o resto de nós.
Trabalhei o ano inteiro com crianças (pré-adolescentes) na faixa dos 12 anos, e confesso que me surpreendi. Passado algum tempo ninguém lembra mais como é ter essa idade por se preocupar demais com as responsabilidades das novas idades, e, no fim, acabamos nos apegando aos "clichês" que os impacientes adultos repassam. Que crianças dessa faixa etária pensam que são mais inteligentes que todo mundo, que sabem o que é melhor pra elas, que são irritantemente insuportáveis e todo o resto.

Sinto informá-los, mas a verdade é que isso tudo é mentira. O pouco de insolência que cabe nessas criaturinhas ainda não é suficiente pra sobrepor todas as qualidades que eles têm. Eles são abertos a novas pessoas e novas possibilidades, aceitam mudanças com muita graça, têm uma quantidade enorme de amor dentro do peito e conseguem arrancar um sorriso de qualquer um. São barulhentos, falam que nem umas matracas e pegam intimidade no tempo que você leva pra piscar, mas te mostram um lado que você não encontra em jovem nenhum.

3. É mais fácil ser servido do que servir.
Esse item pode parecer meio óbvio, mas eu juro que a gente não percebe isso no dia a dia.

Nós estamos acostumados a deixar que os outros façam tudo por nós. Queremos que adivinhem o que sentimos, que falem o que queremos ouvir, que realizem nossos desejos e que não peçam nada em troca. Aceitamos amor de pessoas que nunca vamos amar porque é uma boa massagem no ego, recebemos presentes e favores sem intenção nenhuma de um dia retribuir simplesmente porque era conveniente, nos acomodamos em relações (não necessariamente amorosas) que não vemos futuro porque é simples, já que a pessoa está ali de todas as formas. Nós somos servidos todos os dias, mas raramente lembramos de nos colocar do outro lado.

É que, realmente, não é fácil estar do outro lado. Te garanto que não é simples amar aquelas pessoas mais difíceis, realizar tarefas sem que nos peçam ou que digam que precisam, fazer algo pela simples vontade de colocar um sorriso no rosto dos outros. Esse tipo de atitude não vem naturalmente, mas deveria, porque pessoas abertas a servirem fazem do mundo um lugar melhor.

(P.S.: pretendo explicar melhor a história do "servir" no post de Janeiro. Novamente, aguardem.)

4. Eu funciono melhor sob pressão, mesmo odiando ser cobrada.
Essa é menos espiritual e mais questão de autoconhecimento. Eu não sei fazer nada que não tenha uma data limite, porque se me deixarem solta para entregar quando for conveniente eu tenho dois extremos: faço tudo de uma única vez ou não faço nunca mais.

Isso é muito obviamente explícito aqui no blog. Quando estou inspirada, faço um texto por dia/semana, mas assim que a inspiração passa eu não dou as caras durante meses. Se houvesse algo me obrigando a escrever (aulas de redação, por exemplo, rs), gente, eu seria uma máquina de posts diários e atingiria a marca de 365 textos por ano facilmente. Mas ao definir o Entrelinhas como um passatempo, e não prioridade, eliminei qualquer possibilidade de manter uma rotina.

Só tenho rotina se valer nota.

5. Pessoas que não te dão valor não merecem permanecer na sua vida.
Esse é auto explicativo, mas foi com certeza uma das maiores reflexões que eu tive esse ano. Ninguém que não se esforce para estar na sua vida é ser uma presença constante merece sua atenção. Não corra atrás de quem não demonstra querer estar perto de você por "persistência" ou medo de estar sozinho. Ninguém vale tanto a pena assim.

A última, mas não menos importante, é a que mais me dá raiva nesse momento.

Ninguém soube promover Fallen e agora tá tudo errado nesse país. Uma sessão DUBLADA às 12h45? Sendo que estreou há duas semanas? Me economiza, por favor.


E vocês, quais lições tiraram desse tapa na cara apelidado de 2016?

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Reclamar a gente reclama

O ano de 2016 foi péssimo pra 99% da população mundial. Acidente aqui, desastre lá, tiroteio por aí e muita energia pesada dominando esses 12 meses. É um consenso entre todas as pessoas (do twitter) que, a partir de 01/01/2017, daqui a 23 dias, nós começaremos a fingir que 2016 nunca aconteceu.

Foi um ano particularmente pesado para mim. Problemas familiares, estresse escolar e o último ano cada vez mais próximo fizeram cair a ficha de que, puts, o tempo tá passando, e não há nada que eu possa fazer a respeito. Exceto, talvez, amadurecer, mas deixa isso pro ano que vem, né? Agora já tá meio tarde.

Com a crise no Brasil e no mundo (não disse que tipo de crise), acho que dá pra generalizar dizendo que não tá fácil pra ninguém. Os perrengues mudam de gravidade mas causam rebuliço na vida de todo mundo, e, desanimados com a vida, sentamos na mesa do bar com um balde de cerveja na nossa frente para reclamar da vida e competir quem está na pior. Era mais ou menos aí que eu queria chegar.

Todo ano é "a mesma merda" (com o perdão da expressão) porque todo ano fazemos a mesma merda (perdão novamente). Todo ano começamos com toda aquela esperança de que vai ser melhor porque é fácil ter essa esperança no conforto da casa da praia quando não estamos nem trabalhando nem estudando, e lá pelas tantas de fevereiro, quando os problemas começam a chegar, desistimos completamente da positividade e enfiamos o pé na jaca da reclamação. E nessa onda de reclamar e não fazer nada para mudar, a bola de neve vai se acumulando e chega, ao fim de dezembro, maior do que deveria. Grande o suficiente pra esmagar a gente, nossa casa, o pé de amora no fundo do quintal e a churrasqueira do vizinho.

Estou começando a pensar que o problema não é nem nunca foi com os anos. Ano nenhum tem poder de controlar as merdas da nossa vida, mas a gente tem. A bola de neve de negatividade é nossa para a gente definir se vai rolar sem obstáculos até o fim do ano ou se vai ser interrompida de tempos em tempos pra não ficar grande demais. Não estou dizendo que a causa da bola de neve é nossa, porque ela se forma naturalmente, mas cabe a nós colocar árvores e pedras no caminho dela e evitar que deslize tão facilmente pela nossa vida.

Nessa primeira parte do especial de fim de ano que eu sempre apareço para fazer porque sou a maior cara de pau que vocês respeitam, fica aqui minha primeira resolução pra 2017: positividade. A merda rola, mas eu posso muito bem espirrar um Glade para encobrir o cheiro.