quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Adeus ano velho...

Mais um ano se passou, e, novamente, eu não consegui cumprir nem metade do que estava na minha lista de metas para 2014 (que eu trouxe de 2013, após ter planejado em 2012 considerando as coisas que eu queria ter feito em 2011 e 2010).

Bom dia, como vão?

Comecei esse post bem antes do planejado (às 2h10 da madrugada do dia 18/12, para ser mais exata), porque ando com uma vontade muito grande de escrever aqui no Entrelinhas. Não é natural, vocês sabem. Não sei de onde surgiu. Só sei que vou aproveitar para adiantar as postagens, porque we all know: a animação aqui não dura muito.

Já sabem como funciona, né? Se o item estiver em negrito, não cheguei nem perto de conseguir. Se estiver em negrito e itálico, significa que eu quase atingi a meta. Se estiver em negrito e riscadinho, é óbvio, deu tudo certo na minha vida e não precisarei incluir essa ideia no post do ano que vem.



1. Ler mais livros.


Já havia comentado que esse ano não foi um bom ano no que se trata de "leituras". Segundo meu post do ano passado, eu li um total de 15 livros em 2013! Se eu tiver lido 10 durante esse ano, já foi muito. E isso contando com as releituras (tenho certeza de que reli Percy Jakson em algum momento, é inevitável).

Não foi dessa vez.


2. Comprar os cd's da Taylor Swift, que é para ver se largo dessa vida de ficar dando F5 na página do Youtube para ouvir Ours de novo. E de novo. E denovo. Exatamente como estou fazendo agora.


Certo, eu não comprei os cds, mas baixei todos por torrent e escuto o dia todo. Conta, né? Acho que sim.


3. Estudar mais. Muito, muito mais mesmo.


Já podem tocar "What Makes You HA HA HA", pessoal. No mesmo post que falei sobre minhas leituras, eu comentei que não tive o hábito de estudar durante o ano (e que tenho certeza que isso me prejudicará em 2015). Bom, parece que esse item continuará na lista.


4. Parar de ser tão chata e reclamona, porque nem eu consigo me aguentar mais.


Ha. Ha ha. Ha ha. Ha ha ha ha ha. Ha ha. Ha ha ha ha. Cantem comigo!


5. Terminar todas as fanfics que eu começar, porque meus leitores são fofos e não merecem uma autora tão descompromissada.


E agora vou contar meu segredo: levei a meta ao pé da letra. Todas as fanfics que eu postei esse ano eram one shots, o que significa que já estavam concluídas quando disponibilizei no site. Gente, consegui completar essa meta! Estão orgulhosos de mim?

Claro, ainda tem uma long-fic de 2012 em andamento que eu devo os últimos capítulos, mas ela não conta porque não comecei em 2014. Há. Agora eu posso rir também.


Não foi um ano tão bom no quesito "metas", se vocês querem saber. Eu acho que devia ter estabelecido mais coisas. E me esforçado mais para atingi-las. Mas faltam só 13 dias para o fim do ano, então deixo esse trabalho para 2015. Ei, isso não é quase uma meta "bônus"?

Bônus: trabalhar melhor nessas metas.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

As cinco coisas que não fiz, mas devia ter feito

Nesse maravilhoso clima de férias e fim de ano, em meio ao meu tédio e preguiça de postar, eu percebi que sinto falta de fazer postagens regulares em blogs. Não que isso tenha acontecido no Entrelinhas alguma vez, mas falo no geral. 

Quando eu era mais nova e tinha mais tempo livre (leia-se: não assistia séries), costumava usar meus blogs como se fossem twitters. Inclusive, cheguei a fazer um pequeno post avisando que ia sair de casa mas mais tarde voltava (e vocês nem tentem achar onde/quando foi isso, todos os meus blogs antigos foram devidamente excluídos para eu não pagar esse micão de ser descoberta). Era muito, muito dedicada, e esse é o primeiro item da minha lista das "cinco coisas que não fiz, mas deia ter feito".

1. Eu devia ter postado com mais frequência durante esse ano.


Como todos sabem (ou não), eu fui para Águas de Palmas com a minha série em outubro (viagem de formatura). Claro que tirei foto de biquíni, e claro que alguém tinha que postar aquela foto. Para que, né? Fez eu me lembrar de todos os fins de tarde que gastei na frente da televisão, ao invés de aproveitar a rua e fazer umas caminhadas. Não que eu não me sinta bem com o meu corpo, mas quando que sedentarismo fez bem a alguém?


2. Eu devia ter caminhado todos os dias com o Sirius, porque ele precisa se exercitar. E eu também, mas isso é um segredo.


Durante as minhas duas primeiras semanas de férias, minha irmã mais nova estava tendo aulas (e, depois, provas) de recuperação. Eu, como toda boa irmã mais velha, fiquei me sentindo o máximo por ter passado direto por uma série que, tecnicamente, é mais avançada e difícil do que a dela.

Por outro lado, isso também me lembrou que ano que vem estarei no Ensino Médio, mais difícil do que o Fundamental. E eu nunca, jamais, em toda a minha vida, tive uma rotina de estudos. Na verdade, eu quase nunca estudo, só quando acho que preciso mesmo de uma ajudinha extra. O que isso significa? Que eu não sei como estudar. E que vou precisar aprender na marra, porque fui boba e não dei importância a isso antes.


3. Eu devia ter escutado meus professores e criado uma rotina de estudos.


Já ganhei três dos meus primeiros presentes de Natal. Livros. Não me lembro quais agora (sou uma péssima "ganhadora" de presentes por isso, ou é quase normal?), mas sei que são três e parecem ser muito legais. Isso já faz um dia, e vocês sabem quantas páginas eu li deles? Zero.

Aliás, sabem quantas páginas eu li na semana? Zero.

Melhor, sabem quantas páginas eu li no mês? Umas dez. E quatro delas eram do meu boletim (tive que baixar duas vezes pra ter certeza que as notas altas não eram só um erro de digitação). Já sabem qual o item 4, não é?


4. Eu devia ter lido mais livros durante o ano.


Quem é meu amigo no facebook (ou, no mínimo, já deu uma fuçada por lá), provavelmente já viu minha foto de perfil. Seria uma surpresa se eu dissesse que saí sorrindo? Porque pra mim, não foi. Eu tiro foto sorrindo o tempo todo, é super normal.

Mas meu amigo e minha irmã quase ficaram surpresos. E fizeram questão de comentar isso por lá.

Sabe, eu não me considero uma pessoa triste ou para baixo. Na verdade, eu sou bem legal. Divertida. Rio com facilidade, e sorrio para quase tudo. Só não gosto de manter o sorriso por muito tempo, porque as bochechas doem e eu fico parecendo uma psicopata. Mas, aparentemente, terei que acrescentar esse detalhe (que havia passado despercebido por mim antes dessas brincadeirinhas) na listinha:


5. Eu devia ter sorrido mais.


Because of reasons (que não vou citar aqui porque, né, limites), andei discutindo com certas pessoas de uma forma não amigável sobre diversos assuntos, e de uma forma amigável sobre outros assuntos com outras pessoas.

Uma dessas sou eu.

Vocês já tiveram uma conversa profunda com vocês mesmos? Mas profunda mesmo, daquelas que você admite todas as coisas péssimas para si mesma, e acaba descobrindo outras coisas ainda mais péssimas (ou não)? Ando tendo várias desses diálogos internos, e descobrindo várias coisas. Como, por exemplo, o real motivo de eu ter me afastado de duas pessoas que me eram muito queridas. Soou bem mais egoísta do que eu imaginava que soaria.

Ou, por exemplo, como quando eu percebi que tenho mania de culpar os outros por meus anos serem ruins. Culpo meus pais por não terem me deixado sair mais, minhas amigas por terem me chateado, meus professores por terem ferrado tanto com as matérias, meus irmãos por terem arrancado cada gota de paciência que eu tinha.

Mas sabem qual é a verdade?

Meus pais não me deixam sair mais porque eu não sei me programar. Não sabia arranjar "saídas" que estivessem de acordo com a minha idade, deixava tudo para a última hora e claro que nunca dava certo. A culpa era minha, e não deles.

Minhas amigas me chateavam porque, em alguns casos, eu não soube escolher as amigas certas (saber como elas eram eu sabia, só faltava ter admitido isso muito antes e me afastado a tempo). Em outros, porque eu não soube dizer a coisa certa. A culpa era minha, e não delas.

Meus professores ferravam com as matérias porque meu colégio é difícil mesmo. Mas é bom. E prepara maravilhosamente bem para o ENEM/vestibular. Eu não me dei mal porque eles não sabiam ensinar, mas sim porque eu não fui atrás de aprender. Plantões de apoio, acompanhamentos de aprendizagem, aulas no youtube... A culpa era minha, e não deles.

Sobre os irmãos, nada a declarar. A culpa é toda deles. (Mas, talvez, eu devesse acrescentar alguns centímetros ao meu pavio. Just in case.)

De uma forma ou de outra, tudo que aconteceu teve um dedo meu envolvido (a não ser no quesito dos irmãos, a tarefa deles é me arrancar a paciência mesmo). Eu não tenho ninguém a culpar, a não ser eu mesma. E meus anos nunca serão melhores se eu já gastar os primeiros minutos deles pensando "vai ser horrível que nem o passado", e o resto dos minutos sem fazer nada para mudar isso.

Então, para o ano que vem, eu espero muita coisa. Mas, dessa vez, eu vou concretizar. Vou sorrir mais. Vou postar mais. Vou ler mais. Vou caminhar mais, porque o Sirius castrou e está bem gordinho (ele já teve problemas na patinha quando era um ser magro e atlético, não acho que sobrepeso melhorará isso de alguma forma), além de ter pegado raiva de todos os seres humanos e atacado alguns e outros. Teve um trabalhador do condomínio, também. E a minha irmã. Mais uma vez, é culpa minha, por ter afastado ele da civilização e criado um monstro.


Dois mil e quinze será diferente, porque eu quero que seja. Porque eu farei de tudo para que seja. E, mais ou menos nesse período, daqui a 12 meses, estarei aqui contando que meu 1º ano do Ensino Médio foi o melhor ano da minha vida. Me aguardem.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Time moved too fast

(Trecho de "You Are In Love" no título, porque esse blog ainda não homenageou Taylor Swift.)

Hoje foi o melhor dia de aula de todos os tempos. Descobri que passei em todas as matérias sem nenhuma recuperação para fazer (acho que é a última vez que isso acontece), fiz guerra de bolinha de papel (primeira vez que isso acontece e foi uma bolinha só, mas pelo menos posso contar aos meus [futuros] filhos que não passei do Fundamental sem fazer zona), comi mil salgadinhos/porcarias durante a aula de história (não levei bronca), tive aula com a melhor professora de Educação Física DO UNIVERSO pela última vez (agora eu choro de verdade), passei a minha última aula de português do ano assistindo O Auto da Compadecida (cinco estrelinhas, se pudesse eu dava mais) saí 15 minutos mais cedo e passei um tempão conversando e rindo com meus amigos no pátio (espero, de verdade, que não tenha sido a última vez).

Por outro lado, foi o último dia de aula de uma fase inteira. Quem já leu posts antigos, sabe que eu tenho 14 anos e estou (estava) no 9º ano do Ensino Fundamental (antiga 8ª série). A partir de 2015, eu estarei no Ensino Médio (antigo Colegial, Científico, não faço ideia de como se chamava). Hoje, dia 27/11/2014, eu terminei meu último ano no Ensino Fundamental. O que significa que meus dias de não estudar e só ver séries no meu tempo livre acabaram.

Durante os últimos (pausa para contar) oito anos, eu passei por todo tipo de coisa. Saí de uma micro-escola que ia apenas até o Infantil 6 (último nível do Jardim de Infância e que agora virou 1º ano. Chega de explicações) para entrar num colégio gigante com mais de meio milhão de habitantes (há CIDADES menos populosas que esse lugar, sério mesmo). Me perdi diversas vezes durante o primeiro ano. Chorei, quis voltar para o antigo, matei aula em duas ocasiões para visitar (sério).
No meu segundo ano, conheci algumas de minhas amigas mais antigas (tecnicamente, uma delas eu reencontrei), com quem falo até hoje. Minha melhor amiga da época se mudou para Santa Catarina. Fiz novas amizades além daquelas que tinham vindo do Infantil/ano anterior, mas foi difícil passar o resto do ano sem ela.
No terceiro ano, fiz mais amizades que estão comigo até hoje. Acho que foi o melhor ano de todos (na escola).
No quarto ano, me "formei" no primeiro ciclo do Ensino Fundamental. Fiz uma viagem deliciosa com meus melhores amigos. Passei mal durante a noite e quase matei meus pais de preocupação, mas provavelmente era um misto de ansiedade com... Não sei, talvez fosse o peixe.
No quinto ano, entrei na quinta série e descobri que definitivamente não era de exatas. Me separaram de várias amigas, mas alguns continuaram na sala. "Conheci" (de novo, foi só um reencontro) minha melhor amiga, e mais a maioria das amigas atuais.
No sexto ano... Vou passar para o sétimo.
No sétimo ano veio a confirmação: exatas são o meu bicho de sete cabeças. Não tem jeito.
No oitavo ano eu decidi parar de estudar para virar atendente do McDonald's mais vezes do que posso admitir. Tive um gostinho maior do que é física e quase chorei (mentira, eu literalmente chorei) quando vi que não nasci pra isso. Tirei notas baixas em matérias que sempre fui muito bem, e passei raspando em várias delas (não em todas. Matemática, por exemplo, eu não passei. O que foi que falei sobre exatas?). E fiz a melhor viagem da minha vida com quase todas as pessoas da minha série.

Durante todo esse percurso, eu fiz muitas amizades e me afastei de gente que queria ter mantido por perto. Fiz algumas escolhas ruins, outras muito ruins (tipo me viciar em séries) e não consegui equilibrar com as boas escolhas. Gostei e desgostei de muita coisa, vi muita gente morrer, e várias pessoas nascerem. Ganhei um cachorro, um coelho e um irmão. Perdi apostas (não paguei nenhuma), ganhei algumas (não cobrei por medo de ser cobrada) e fui burra de não ter apostado em coisas que eu teria ganhado.

Não é a toa que se chama Ensino Fundamental. Aprendi lições fundamentais para a minha vida (escolar e vida de verdade), conheci pessoas fundamentais, visitei lugares fundamentais, e descobri que é fundamental sempre carregar um pacote de absorvente na bolsa.

Sempre.

Eu to falando sério.

Faltam pouco mais de dois meses para as aulas voltarem, mas a listinha de metas já está pronta. O primeiro item delas é: não deixar de ir para uma festa só por preguiça de me arrumar. Isso é tão minha cara que até dói.

Que os próximos três anos sejam tão bons quanto os últimos oito. Mas sem as partes tristes. Duh.


Vocês, que acompanham o blog (ou já leram, sei lá), sabe que eu costumo dividir meus posts de fim de ano em duas partes (a primeira com uma retrospectiva do ano e lista de metas que eu consegui cumprir [geralmente, nenhuma), a segunda com lista de metas para o ano seguinte). Como eu não sei em que nível estará a minha preguiça nesse mês de dezembro, não tenho como dizer se vou voltar antes do natal/ano-novo. Se eu não aparecer, que vocês tenham um ótimo verão (principalmente quem mora em Curitiba e só tem 2 semanas de piscina), férias maravilhosas, um Natal incrível assistindo ao show do Roberto Carlos (que, spoiler alert: terá as mesmas músicas tocadas em 2013. E em 2012. E em 2011. E em 1910...), ótimos "5-dias-inúteis-que-parecem-não-existir-quando-o-ano-acaba" antes da virada, e lá pelo dia 31 (de dezembro) eu dou as caras para reclamar da vida!

Não fiquem muito bêbados. Se ficarem, voltem para casa no carro de alguém sóbrio. Usem cinto de segurança. E passem nas recuperações, porque 9º ano pode até ser legal, mas fazer duas vezes já é demais.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Quando sua criatividade não funciona

Todo escritor sente a necessidade de escrever. 

Às vezes, a vontade chega de um modo completamente inesperado. Quando eu estou escutando uma música, por exemplo, e uma das palavras dela pisca na minha cabeça em luzes neon e única coisa que eu consigo pensar é "isso daria uma bela história". Também tem aqueles momentos em que algo super importante está acontecendo e eu só consigo pensar em como transformar a situação num texto para o blog. Ou, ainda, quando bate uma inspiração do nada e eu começo a digitar palavras aleatórias no teclado (mesmo que elas não façam sentido nenhum, o que ocorre frequentemente).

Seja de um jeito ou de outro, todo escritor sente a necessidade de escrever. O único problema é apenas vontade não nos leva a lugar algum.

Para escrever, a primeira coisa necessária é, sim, a inspiração. Depois, a vontade. E então, tempo e paciência de sobra (mantenha sempre potinhos com esses dois por perto, você vai precisar). Quando um desses itens não existe, a gente empaca.

Todo escritor já sentiu a necessidade de escrever, mas estava passando pelo que nós chamamos de "bloqueio criativo".

Diferente do que muitos leitores pensam, bloqueio criativo não é "desculpinha" nossa para atrasar as postagens. É algo muitíssimo real e que a ciência deveria estudar, porque pesquisas (minhas, que eu acabei de realizar com a minha imaginação) comprovam que a cada dez autores, onze sofrem de bloqueios criativos severos e se sentem um, perdoem-me pela expressão, lixo por isso.

Esse tal bloqueio é igual aos nossos parentes sem-noção. Ele não manda mensagem de texto avisando que está a caminho, não pergunta se você pode hospedá-lo e já chega com sete malas cheias de roupas para mostrar que não pretende ir embora tão cedo.

Num momento, tudo está ótimo. As palavras vão se formando na sua cabeça tão naturalmente que parece que sempre estiveram ali, e você, agilmente, coloca-as no papel ou teclado com a graça de uma borboleta. De repente, sua mão para de se mover. Sua mente não produz mais pensamentos, e você mal consegue focar no último parágrafo para conseguir retomar a escrita. Você permanece assim durante alguns segundos, até conseguir lembrar de informações básicas - qual seu nome, que dia é hoje e o que diabos você estava fazendo com esse documento do word aberto. Quando isso acontece, bate o desespero. Seu cérebro não está funcionando normalmente, porque não dá para escrever.

Simplesmente não dá.

E você lê e relê seu texto uma, duas, quarenta mil, setecentas e noventa e cinco vezes. Depois disso, dá uma pausa e vai beber água. Volta, lê suas últimas palavras novamente e percebe que não vai conseguir continuar. O desespero aumenta, misturando-se com ondas de tristeza, agonia e ansiedade. Após um longo suspiro, você desliga o computador, se joga no sofá e olha para o teto sem realmente ver nada, pois sua cabeça está nas nuvens. É um bloqueio criativo. E só Deus sabe quanto tempo ele vai durar.

Esse texto surgiu do item 27 da lista de "642 coisas sobre as quais escrever".

P.S.: Mudei o layout. O banner foi feito pela Rebeca, mas deve ser óbvio que não é meu porque ficou perfeito. Admitam.

domingo, 13 de julho de 2014

"Copa das Copas"

São 21h30 e eu provavelmente deveria estar secando o cabelo (minhas aulas voltam amanhã, então vou ter que acordar cedo), mas lembrei que ainda não tinha feito um post sobre a Copa e decidi que o momento certo era agora.

Hoje, pela primeira vez em anos, eu assisti um jogo da Copa (que não era do Brasil) inteirinho. Não sei se fui movida pela vontade de ver a Argentina perder, ou se era porque eu queria muito que a Alemanha ganhasse, mas algo me forçou a não desgrudar os olhos da televisão enquanto a bola estivesse rolando. E, gente, preciso admitir que eu me arrependi de não ter feito isso em todos os outros jogos. É tão legal analisar outros esquemas táticos, uniformes, estilos e tipos físicos (sim) de jogadores que não são do Brasil/time para o qual eu torço. É uma mudança de ares sem sair de casa. E um dos meus pequenos arrependimentos vai ser não ter aproveitado as férias para ver os jogos dessa Copa (não, eu não tive aula desde o dia da abertura).

Eu vi o Brasil perder uma Copa em casa. Eu vi a Alemanha ser o primeiro time europeu a ganhar uma Copa em solo sul-americano. Eu vi o craque do nosso país quebrar uma vértebra e ser impedido de jogar contra a Alemanha. Eu vi uma goleada histórica (nada boa para nós, é claro, mas ainda sim histórica) acontecer. Eu vi o Brasil ir para as prorrogações e para os pênaltis pela primeira vez em vários anos. Eu vi mordidas, chutes, voadoras e golpes de kung fu serem treinados nos jogos. Eu vi várias boas seleções serem eliminadas. Eu vi a "Copa das Copas" acontecer em 2014 no meu próprio país, e vou poder contar isso para os meus filhos.

Não sei se estou triste pelo Brasil ter sido eliminado numa semifinal (e perdido de 7x1, placar que provavelmente ficará marcado na história do futebol mundial eternamente) ao invés de ter aproveitado a chance única de ganhar uma Copa em casa. Claro que teria sido ótimo e eu teria chorado muito, mas acredito que deve ganhar quem jogou bem. E, por favor, alguém acha que eu estou mentindo ao dizer que o Brasil em nenhuma partida jogou tão bem quanto a seleção da Alemanha? Não perdemos porque o jogo foi vendido, e sim porque jogamos mal. Chorei, sim, mas não fiquei 100% indignada com o resultado (só com o número de gols sofridos). Os alemães mereciam esse título, talvez até mais que nós. E nossa seleção, novinha que só, vai durar até 2018 (mas, por favor, deixem alguns desses jogadores aqui no Brasil).

(Deixando meu lado fanático tomar conta do post por um momento: a taça não é nossa, mas dos hermanos também não).

De qualquer forma, eu vi tudo isso acontecer com meus próprios olhos. A história do futebol ganhou mais algumas páginas, e nós assistimos ao espetáculo de nossas TV's em alta definição. Tem coisa melhor que poder falar isso?

E anotem aí: estarei aqui, nesse mesmo blog, na Copa de 2018 para comemorar (ou chorar) com vocês. Se Deus quiser.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Novas paixões

Segundo meus cálculos avançadíssimos, passei mais de seis meses sem dar as caras por aqui. Apesar disso acontecer frequentemente e de todos vocês saberem os motivos (eu os explico cada vez que reapareço depois de meses sem escrever), resolvi dar uma passadinha apenas para lembrar que ainda existo e que não, eu não vou abandonar o blog. Eu sei que quase nunca venho aqui e que deve ser chato seguir um blog tão desatualizado, mas ainda não desisti. Posso não estar sempre postando no Entrelinhas, mas continuo escrevendo e fazendo nada em outros sites o dia todo. Não se preocupem que de tempos em tempos eu venho tirar o pó desse nosso amiguinho.

(Ai, por favor, finjam que vocês não me viram chamar o blog de "nosso amiguinho".)

No último semestre, muita coisa aconteceu. Pouco tempo depois da minha última postagem, minhas aulas voltaram. Comecei meu último ano do Ensino Fundamental (que é o 9º, by the way, antiga 8ª série) jurando que faria as coisas de maneira certa, que estudaria mais e não passaria o dia inteirinho vendo séries e ficando gorda no meu cantinho afundado do sofá. É claro que, como acontece todos os anos, a promessa não fui cumprida. Ganhei alguns quilos, afundei ainda mais o sofá, fiquei de recuperação em dois objetivos e, de brinde, ganhei um belo de um castigo durante um mês. 
Pelo menos fiquei em dia com Agents of S.H.I.E.L.D., The Vampire Diaries, Once Upon a Time, Pretty Little Liars (já estou atrasada de novo, aliás), Castle e Intelligence. Comecei várias séries novas (prometo fazer um post sobre tudo que eu assisto ainda esse ano) também, mas queria ter feito tudo isso e ficado com uma nota maior no boletim.

Em fevereiro, como todos sabem, foi o meu aniversário. Dia dezessete, a pirralha aqui completou 14 anos. Não teve uma festa muito grande - alguns primos, minhas irmãs e várias amigas que passaram a tarde comigo assistindo filmes de terror e fazendo bagunça no quarto dos meus pais - e eu não ganhei muitos presentes, mas o importante é que celebrei a data (e que o bolo estava bom). Como sempre, estava chovendo no dia e meu cabelo ficou um horror. Mantive ele preso e não saí muito bem nas fotos. Acho que até as melhores coisas da vida têm um preço, né?

Em abril, se não me engano, conheci a Analu pessoalmente na festa do filho do meu primo (que, coincidentemente, é afilhado dela e filho da prima dela). Não conversamos muito - eu não falei com muita gente fora do whatsapp porque estava de TPM e sem vontade de puxar assunto com quase ninguém (não que minha família respeite as minhas vontades, mas eu tentei deixar claro que só queria comer as minhas batatinhas e discutir sobre a prova de matemática com minhas amigas) -, mas ela era fofa exatamente como é no blog, e isso eu consegui perceber mesmo nas poucas palavras que trocamos.

Pulando alguns meses que não tiveram eventos tão importantes (a não ser que o meu conteúdo de matemática seja interessante), em junho aconteceu a festa junina da escola. 
Uma semana antes dela ser realizada, tivemos dias bem frios e chuvosos - como já se é de esperar -, o que nos levou a pensar que estaria assim no dia 7. O pior é que estávamos parcialmente certos, porque choveu e muito. Mas também esquentou (dá pra entender essa cidade?) o que fez com que as barracas amontoadas para não serem expostas à chuva featuring a quantidade imensa de pessoas que frequentam as festas juninas do meu colégio todos os anos (acreditem, esbarrei com quase todos os meus vizinhos enquanto me locomovia de um canto do colégio até o outro. Para falar a verdade, eu esbarrei com todo mundo, porque não tinha muito espaço para andar por lá) tornassem o ambiente quase insuportavelmente quente. Como acontece todo ano, o 9º ano também dançou quadrilha - eu estava com o cabelo ruim por conta da chuva, pingando suor por causa do calor e, também, com uma alergia que não me deixava respirar e me dava uma dor de garganta horrível - e, apesar de ser divertido, foi um belo desastre. Meu par ficava fazendo gracinhas e nós não conseguíamos levar a dança a sério, além de que muita gente que não era da minha série (ou da minha escola) dançou junto, e a coisa toda virou uma muvuca e um empurra-empurra sem fim. Nem meu pai, que é meu pai, conseguiu elogiar a dança.
Pelo menos meu professor responsável por "puxar" a quadrilha se divertiu, e eu consegui desviar a atenção da minha garganta inflamada durante uns quinze minutos. 

Agora, em julho, está tendo a Copa - e as minhas férias. 
Eu não sou tão ligada na Copa do Mundo quanto a maioria das pessoas. Não acompanho todos os jogos (exceto os do Brasil, que eu vejo do começo ao fim e depois vou comentar com as minhas amigas) e não fico ligada em todas as notícias; na verdade, aproveito o tempo de folga para ver séries e ler meus livros atrasados. 
Não vou me prolongar nesse assunto - porque tem coisa demais para ser dita sobre futebol, e vocês sabem como eu consigo pirar e esquecer completamente da vida - porque há mais coisas para dizer, mas quem quiser discutir sobre isso comigo no twitter pode ficar à vontade.


Antes de prosseguir para o assunto que eu estava coçando os dedos para mencionar, vou dar uma rápida explicação sobre as mudanças feitas no blog.

Se você é um bom observador, deve ter notado que as páginas "Me" e "Recomendações" desapareceram. Não se assustem, é apenas temporário. Eu vou reformá-las e logo estarão disponíveis novamente (com logo eu quero dizer não sei exatamente quando, mas espero que seja em 2014). Talvez a página sobre mim não seja reativada, porque atualizei meu perfil e acho que tudo de interessante que possa existir sobre mim está lá. Junto com as páginas, tirei aquele gadget que mostrava todos os marcadores de todos os meus posts porque estava uma verdadeira bagunça. Vou editar os outros posts, mudar as tags e ele logo estará disponível.
Caso queira saber mais alguma coisa, novamente, não hesite em me chamar para uma conversinha no twitter (que é meu próximo tópico, aliás).

Ainda sobre essas mudanças, eu "criei" um twitter pessoal (na verdade estava só guardando o user dele e resolvi utilizá-lo) para conversar com vocês. O usuário é hermiosa (palavra que eu criei juntando Hermione com hermosa [bela, em espanhol]. Não faz sentido nenhum, mas eu sou péssima com usuários). Provavelmente não vou entrar todos os dias, mas vou tentar dar uma atualizadinha no mínimo uma vez por semana, para que esses meus hiatos não pareçam tão grandes quando eles realmente são.


Agora que terminei de dar minhas explicações, vou ao assunto que queria abordar há tempos mas estava com preguiça. Como esse post já está grande demais, a segunda parte só ficará acessível a quem clicar no link abaixo:

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Tudo incomoda mais durante as primeiras horas do dia

E isso é um fato inegável.

Esses dias eu estava tomando banho (4h da manhã, para variar), quando esbarrei no shampoo e ele caiu. No chão. E é incrível como o som foi umas duzentas vezes mais alto do que se eu tivesse derrubado a embalagem às 4h da tarde. De qualquer forma, eu derrubei o shampoo, e passei alguns segundos sem nem respirar para ter certeza de que não tinha acordado ninguém num raio de quarenta quilômetros.

Não, não tinha acordado.

Mas, mesmo se tivesse, eu tenho certeza de que essa reclamação não teria existido se eu tivesse feito barulho durante a tarde. Porque quando já é dia, as pessoas começam a ignorar sons que deveriam ser incômodos.

Outro dia eu estava no banheiro (adivinha? Sim, era madrugada) quando esbarrei no desodorante e ele caiu. Se você usa desodorante em spray, sabe o barulho desgraçado que a latinha faz quando cai no chão, especialmente se ela cair às 4h da manhã. Então, quando eu derrubei, já comecei as minhas preces para que ninguém tivesse acordado. Parei de respirar por alguns segundos para ver se alguém tinha acordado.

Sim, meu pai tinha.

Eu consegui ouvir ele se remexendo no cômodo ao lado, depois respirando profundamente e voltando a dormir. Esperei escutar o primeiro ronco para catar a latinha e sair do banheiro antes que eu quebrasse ele todo (e acordasse o condomínio).

Se você for parar para pensar, o barulho do desodorante caindo no chão não seria nada chato se não estivéssemos no meio da madrugada.


A verdade é que qualquer som é mil vezes mais alto durante as primeiras horas do dia, que é quando tudo está silencioso. O som do ronco do seu pai pode ser escutado da sala de televisão. O som da televisão da sua mãe pode ser ouvido do seu quarto. O som da sua irmã derrubando talheres na cozinha com certeza vai ser notado do último andar da casa. 

Eu realmente não sei o que o universo pretendia ao resolver fazer com que tudo fosse mais incômodo durante a madrugada, mas ele me prejudicou. Não porque eu gosto de quebrar a casa enquanto todos dormem, mas porque eu sou uma pessoa muito desastrada e é inevitável esbarrar nas coisas de vez em sempre quando. 

Talvez eu devesse ir dormir mais cedo. Isso resolveria uma pequena parte dos meus problemas.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

... Feliz ano novo.

Continuação do post anterior (não me peçam pra postar o link, pelo amor).

Oizão! Falei que voltava na primeira semana de janeiro, e aqui estou eu, no final da segunda. Amo prazos. Eles são tudo na minha vidinha.

Como já foi dito anteriormente, esse post vai conter as minhas metas para 2014 (eu sei, tu sabes, ele sabe, nós sabemos, vós sabeis, eles sabem que eu não vou conseguir cumprir nem metade, mas pelo menos terei um post de metas, né?). A maioria veio da lista pra 2013, porque quero cumpri-las antes de estabelecer metas novas. É o justo.

Ok, vamos lá.


1. Ler mais livros

Acho que "leitura" sempre estará nas minhas metas.


2. Comprar os cd's da Taylor Swift, que é para ver se largo dessa vida de ficar dando F5 na página do Youtube pra ouvir Ours de novo. E de novo. E de novo. Exatamente como eu estou fazendo agora.

É. Desculpe, Red, eu te amo, mas você ainda não é Speak Now.


3. Estudar mais. Muito, muito mais mesmo.

Outra meta que é que nem Rexona - nunca me abandona!


4. Parar de ser são chata e reclamona, porque nem eu consigo me aguentar mais.

Mamãe aprovou esta meta.


5. Terminar todas as fanfics que eu começar, porque meus leitores são fofos e não merecem uma autora tão descompromissada. 

Isso é sério. Eu já tenho mais de 40 fanfics que foram excluídas antes de atingirem a adolescência (piadinhas.madu.com, credite se usar), e sei que meus fãs leitores não merecem isso. Eles comentam em todos os capítulos, até nos piores, choram com as mortes dos meus personagens mais legais, comemoram quando um casal dá certo... São tão legais, até mais do que eu. Pretendo cuidar melhor de seus corações esse ano. ♥


Bom, é isso. Não sei quando é que eu vou voltar, mas vocês já sabiam. Beijinhos!