domingo, 9 de dezembro de 2012

E aí deu tudo errado

Ah, vai. Se você disser que nunca teve um dia em sua vida no qual 90% deram errado, então você está mentindo.

Sábado, dia 8, foi um desses dias em que minha sorte tirou férias.

Já começou cedo, quando eu estava dormindo e o Sol veio iluminar a cidade. Fui acordar dez pra meio dia, o tempo já estava começando a fechar e eu não pude nadar. Eu AMO nadar, muito mesmo, e não consegui entrar na piscina. Poxa, poxinha, poxão!

Depois, durante a tarde, o Sol deu as caras. Mas não o Sol normal, que vem e fica. Era só aquele solzinho ardido que antecede a chuva, sabe? Aquele que a gente ama mas que vai embora rápido? É, então, ele meio que olhou pra minha cara e falou "Sua última chance de aproveitar a piscina. Go ahead and have fun". O que eu fiz? Corri por o meu biquíni para ficar pronta antes do Sol sumir.

Consegui nadar - glória a Deus pai - durante uma hora, mais ou menos. Não que o Sol tenha ficado no céu durante uma hora, mas isso nunca. Ele ficou me encarando por uns vinte minutos e, quando viu que a água da piscina já estava quentinha e que eu conseguia me virar sem sua presença, foi embora. Ainda estava bem calor, então ele apenas não fez muita falta.

Quando o tempo fechou - ah!, mas agora que a brincadeira estava ficando boa? - eu e a minha irmã resolvemos guardar todas as coisas e tomar banho antes da chuva chegar. Isso deu certo? Não, não deu certo.

Pra começo de conversa, não tinha shampoo, e eu não queria lavar o cabelo com sabonete. Ui. Então, é claro, tive que esperar minha mãe voltar do mercado.

O que aconteceu?

Caiu uma chuva torrencial, acompanhada de um vento tenebroso e, juntos, eles conseguiram derrubar o galho de uma árvore. Ou foi a árvore inteira? Sei lá, eu não saí para ver como as coisas estavam lá fora. De qualquer forma, o galho fez uma pirueta e acabou a luz. Isso ás 17h.

Lá pelas seis ou sete horas, minha mãe ligou para meu pai ir buscá-la no mercado, e já aproveitou a ligação pra soltar a bomba: a chuva foi tão forte, que alagou o supermercado inteiro, deu pane no sistema e eles enxotaram todos os clientes. Ela ainda não tinha passado as compras, então teve que largar tudo que tinha separado e correr pra casa. Chato, né? É. Ela passou num outro mercadinho que estava aberto e comprou umas coisinhas e tal, mas...

A gente ainda aproveitou o restinho de claridade natural antes da COPEL chegar - ah, filha, é um problema tão fácil de se resolver. Se a COPEL vier, não dá nem dez minutos e a luz volta - para resolver nossos problemas, e ficamos lendo na varanda. 

Não sei vocês, mas eu amo ler com uma musiquinha de fundo. Fui buscar meu celular, os fones de ouvido e meu iPod quando o pé do sofá se meteu no meio do caminho do meu dedinho esquerdo. Tinha, né? Dei uns berros que, provavelmente, fizeram meus vizinhos se preocuparem. Meu dedo inchou e eu não consegui encostar no chão. 
Aliás, ainda não consigo, dói muito, ás vezes chega a latejar mesmo, mas não vem ao caso.

Então, lá estava eu: dedo luxado, no escuro, assistindo a chuva, escutando meus irmãos discutindo, sem paciência para ler, morrendo de sono, mas inteira cheia de cloro de piscina, literalmente dos pés a cabeça, mas sem poder tomar banho - o aquecedor é elétrico, e eu não queria tomar banho frio.

Depois de várias músicas da Madonna, disputas de quem fala inglês melhor - a falta de energia acaba juntando a gente, né? - e discussões, resolvi que estava com sono e fui tomar banho - FRIO! - para poder dormir.

Se eu consegui dormir?

Pf, claro que não.

Fiquei acordada das 23h até a 01h brincando de fazer sombras com a minha lanterna, lendo, sonhando acordada... Mas pregar os olhos? Nada.

Adivinha?

01h15 da manhã, a luz voltou. Como minha sorte tinha viajado, a televisão da sala do andar debaixo estava ligada e num volume absurdo, a ponto de eu começar a me sentir incomodada. Pensei que meus pais/irmãos iam acordar. Cara, naquele volume é impossível não ouvir! Mas é claro que não acordaram. Lá fui eu, um e pouco da matina, apagar todas as luzes do andar debaixo, desligar a televisão e tudo isso sem fazer um ruído porque eles ficariam bravos - bravos, tsc tsc, bem mais que isso - seu eu os despertasse do sono de beleza.

Consegui dormir quando eram umas quatro horas da manhã. O pé doendo, a paciência também, morrendo de vontade de quebrar a COPEL na base da martelada, mas tendo que se controlar.

Por que a televisão pode acordar meus pais. Eu não.



É isso, gente. Vim só relatar meu lindo e mágico pior dia do mês. Pelo menos eu tenho um assunto essa semana, né? Eu nunca tenho.

That's all, folks.

Adeus.

2 comentários:

  1. Ai guria, quantas desventuras pra um dia só! O meu sábado foi tranquilo e não-tranquilo ao mesmo tempo.. Teve a última apresentação da temporada de uma peça que eu estava amando fazer, e que foi deliciosamente planejada, e desde de manhã eu já estava com uma sensação ruim de despedida, e uma crise artística pra ajudar... hahaha..
    Mas pelo menos não cacetei meu dedinho no sofá! Comprei roupas novas, flores pro cabelo novo, e saí pra passear com pose de diva!
    Beijo!

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    1. Pode ir passando o dedinho bom que se eu tiver que andar na ponta dos pés por mais um dia, eu tenho um ataque.
      Poxa, odeio as últimas apresentações. É tão difícil dar adeus aos personagens...
      Eu não consigo fazer pose de diva. Não consigo nem dançar como uma diva, mais. Isso é tão, tão, mas tão injusto!
      Beijos ):

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