terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Gentileza é fundamental

Quando eu estava na quinta série, meu professor de Filosofia passou essa música do Lenine em sala de aula e fez uma super reflexão a respeito dela. Durante todo o ano e em algumas séries seguintes, gentileza foi um tema bastante abordado em várias matérias, e sempre rendeu altas discussões cheias de exemplos pessoais e reclamações. Acho que qualquer pessoa que tenha estudado comigo estremece só de escutar "all my life I've been waiting for...", porque é impossível não lembrar do vídeo lindo e sentir um calorzinho no peito. E não acho que eu seja a única que ainda não superou o filme A Corrente do Bem, que nós assistimos numa manhã e me fez chorar durante um bom tempo.

Mas claro que não era sobre isso que eu queria falar.
Era sobre isso que eu queria falar.

Eu sou essa pessoa que segura a porta aberta quando vê que mais alguém vai entrar junto, ou quando está com amigas e deixa elas passarem na frente, ou quando está saindo de um lugar e percebe que tem gente entrando (e vice-versa). Eu sou essa pessoa que fica agradecida quando alguém faz o mesmo por mim, porque gentileza nunca é demais e sempre melhora nosso dia.

Mas gentileza só pode ser considerada uma gentileza quando é feita sem segundas intenções, naturalmente, apenas para ajudar uma pessoa ou facilitar a atividade dela mesmo que seja uma desconhecida.

Gentileza é tipo caridade. Você não deve fazer esperando algum retorno, porque não é esse o espírito da coisa. Você deve fazer porque não custa nada segurar o elevador para o moço que está cheio de sacolas de mercado, porque você só vai gastar um segundo se segurar o portão do prédio e deixar aquela família sair antes de você entrar, porque é desnecessário entrar no banheiro da escola e soltar a porta na cara da sua amiga que estava te acompanhando. 

Essas pequenas atitudes educadas nós não devemos fazer esperando despertar o interesse da pessoa que nos acompanha. Não são feitas para facilitar seu caminho até as roupas íntimas de alguém. São apenas pequenas ações no dia a dia que nós realizamos para transformar o mundo num lugar melhor, começando nesses ambientes familiares que frequentamos todos os dias.

Gentileza é fundamental. Mas gentileza feita para conseguir algo em troca não é educação, é só oportunismo.

3 comentários:

  1. As pessoas as vezes confundem educação e gentileza, com estar sendo "trouxa" (não era bem a palavra, mas ok). Não percebendo que estes simples gestos podem mudar o dia de alguém, assim como o próprio dia. Precisamos realmente de mais gentilezas, já seria um bom começo para transformar o mundo num lugar melhor.

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  2. Também sou adepta dessas pequenas gentilezas do dia a dia, e acho que o mundo seria muito melhor se todos fossem. Por exemplo, o que custa deixar a porta livre e esperar as pessoas saírem do elevador para você entrar? São coisas básicas que as pessoas conscientemente esquecem às vezes. Já o tal do cavalheirismo, esse eu considero machismo maquiado -- mais um jeito de manter as mulheres sempre submissas e dependentes de homens para fazer coisas dificílimas do tipo abrir portas e empurrar cadeiras.

    beijos!

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  3. Nos últimos tempos eu cresci bastante, amadureci, que seja, eu aprendi muito com gentileza. Eu quero ser uma pessoa melhor, mais de boa comigo mesma, e a gente consegue ser melhor com nós mesmos quando somos bons pros outros também.
    Gosto de ver que tem mais gente assim no mundo.
    Beijo!

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Cuidado com o palavreado.