terça-feira, 17 de novembro de 2015

Character development

Em outubro, tivemos dois posts. Em novembro, contando com esse, teremos três (no mínimo). Isso só pode significar que minha reflexão a respeito do que o Entrelinhas virou para mim funcionou muito bem para tirar o peso de obrigação dos meus ombros. E eis que, depois de três anos com uma média de dois posts por mês, finalmente estou conseguindo ser mais ativa (de forma completamente espontânea).

Posso falar, com lágrimas nos olhos e dor no joelho (assunto que eu posso tanto deixar para um post futuro quanto nunca mais comentar na minha vida), que o blog finalmente virou aquilo que eu queria desde o princípio. Um lugar onde posso escrever o que eu quero, quando me dá vontade, da forma que eu bem entender. Não é uma obrigação, não é algo que eu não consigo viver sem (nessa lista só temos comida, amor, água e ar). Mas é algo que me dá muito prazer e me deixa bastante feliz.

Bons observadores devem ter percebido que esse é o primeiro dos últimos quatro posts que não começou com a preposição "de". Se não perceberam, estou contando agora e facilitando o trabalho de vocês. Aproveito e explico, de forma rápida e sucinta, o (suposto) significado daquelas postagens: os posts "de" eram, supostamente, para ser pequenos e falar de um único tema diretamente, contrariando minha mania de começar contando sobre purê de batata e terminar chorando por Harry Potter. Eles tinham (supostamente) começo, meio e fim, e um assunto pré-definido já no título.

Basicamente, foi a forma que eu e meu subconsciente encontramos de evitar textões e, mesmo assim, não deixar o Entrelinhas ficar empoeirado e com cheiro de guardado (que nem uniforme escolar no final das férias).

Isso, meus caros, é o que eu chamo de character development.

Em tradução literal, character development seria "desenvolvimento do personagem". Eu poderia me dar ao trabalho de explicar, direitinho, o significado dessa expressão. Poderia, mas não vou, porque mesmo que tenha evoluído em certos aspectos eu continuo uma preguiçosa que está escrevendo pra não ter que fazer o trabalho de química (mentira, eu gosto de escrever).

(Bem mais do que dos trabalhos de química).

Comecei o blog fazendo uma péssima apresentação - que eu não apaguei até hoje porque é uma linda lembrança de um passado não-tão mas já muito distante. Depois, voltei para um "textão" sobre teatro. No mês seguinte, mais um textão, e o especial de fim de ano (amigo íntimo de qualquer um que acompanhe o blog desde o fim de algum ano/começo de outro). Passei meses sem entrar, e textão. Isso se repete algumas vezes. Sumo, volto, textão, sumo, volto, textão, sumo, volto, especial de fim de ano, textão. O denominador comum, aqui, é "textão".

Eu costumava achar que post bom era post grande, e se o assunto que estava na minha cabeça não rendesse algo com mais de 800 palavras, eu não postava. Foi essa mania que me fez transformar o blog numa obrigação e abandonar ele tantas vezes. 

Foi essa mania que eu consegui superar em outubro de 2015, and I couldn't be more proud.

Fazer a série "de" (por falta de nome melhor) me fez perceber que não é só textão que vale a pena ser postado. Às vezes, uma pequena reflexão sobre palavras também dá um assunto legal, bem como os micos que meu cérebro me faz passar. Eu não preciso de nada gigante para suprir minha vontade de escrever. Tudo que eu preciso é de dedinhos, teclado e uma internet boa.

No caso, só tenho dedinhos e teclado. Mas quem não tem cão, caça com gato, né?

Quebrei a série de posts curtos que vieram da quebra da minha mania de textões com um textão (e, vocês, quebrem a cabeça tentando decifrar essa frase). Não sei se é irônico ou coincidência, mas estou feliz porque é algo. Não me lembro da última vez que estive ativa assim.

Me despeço com dois pedidos importantíssimos que eu quero muito que vocês levem a sério!

1) Não tenha medo de postar algo só porque não ficou tão grande quanto o texto da coleguinha do blog que você ama;

2) Não deixe para fazer o trabalho de química um dia antes da entrega.

Um comentário:

  1. AI MEUS DEUSES
    Preciso mesmo dizer o quanto sua atividade (oposto de inatividade ["sério mesmo?"]) me deixa feliz????? Que eu amo como você escreve, tu já sabe.
    E não você nunca postou crônicas aqui (se não contar com os seus relatos super cômicos) e eu adoraria que você postasse. - sobre sua pergunta no meu post que eu fiquei com preguiça de responder lá pq teria q responder todos e taaaaaal
    São mesmo pedidos importantíssimos kkkkkkkk thank god eu n tenho mais química.
    Muito feliz por ter se encontrado aqui no Entrelinhas s2 Espero que essa motivação não se esvaia e que os posts tornem-se mais habituais.
    Mil beijos amorzinho

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