Existem pessoas e pessoas. Eu sou uma pessoa que não leva a sério sarcasmo nem ironia (a não ser que o comentário em questão tenha sido feito com o intuito de me ofender ou ofender alguém que eu gosto), e uso dessas figuras de linguagem livremente. Não porque quero ser grossa, mas porque sei lá. Dá vontade. Nem sempre dá pra segurar.
Mas aí você entende errado.
A pessoa liga no telefone fixo e pergunta "tá em casa?". Eu respondo "não, resolvi levar o telefone pra passear". A pessoa fica brava. Tive o intuito de ser grossa? Não tive. Fui? Não pra mim. Pra ela eu fui.
É cansativo ter que pensar o tempo todo em como vou falar com as pessoas porque elas podem se ofender. Umas não ligam para sarcasmo e ironia, inclusive também usam essas figuras de linguagem livremente, mas outras ligam sim. E fica chato ter que pensar com quais pessoas eu posso ser ironica e quais levam muito a sério e choram no banheiro, porque não quero ofendê-las. É chato ter que ficar policiando seu jeitinho pra agradar a gregos e troianos? É.
Mas é mais chato ainda ter que se explicar para o grego que não está acostumado com seu jeitinho troiano de ser.
O negócio é adotar o deboísmo. Rir da ironia da pessoa quando você sabe que é apenas piada (porque ninguém leva o telefone pra passear, mas, francamente, precisava ter perguntado?), dar uns tapa quando ela fala por maldade, soltar os comentários quando você acha que o clima tá leve e ninguém vai levar a mal e respirar fundo contando até dez quando chegar a vontade insuportável de dar aquela espetada na amiga lenta que tá conversando com você.
Aliás, o negócio é sempre respirar fundo e contar até dez. É chato? É. Mas antes engolir o sarcasmo e deixar pra destilar seu veneno pelo twitter do que soltar na hora e se arrepender pelo resto do dia.
eu te entendo, as vezes eu falo as coisas que pra mim é super normal mas a pessoa encara como grosseria </3 eu não tenho muita paciência
ResponderExcluirbeijos
transbor-dando.blogspot.com