domingo, 29 de novembro de 2015

[TAG] Hábitos de Leitura

As últimas duas semanas foram um balde de lama fedida jogado em cima da minha cabeça. Muitas provas, trabalhos, estresse e machucados (não se preocupem, já estou me recuperando) vindo todos de uma vez só. Nunca imaginei que pudesse ficar tão desesperada pelas férias quanto eu fiquei nesse mês de novembro.

Mas, como sempre, comecei a autossabotagem lá em fevereiro e agora estou colhendo seus frutos: duas semanas a mais de aula para recuperar minhas notas. Queria estar viva para dizer que queria estar morta.

Só contei isso tudo para não perder o costume de começar o post com algo que não tem nada a ver (e para justificar possíveis sumiços, já que tanta coisa ruim drena nossa criatividade/vontade de viver). Essa é a primeira vez que respondo uma tag no Entrelinhas, e confesso que esperava algo maior. Roubei da Beca e indico para todo mundo. Quem fizer, deixa o link nos comentários para eu ler e amar.
1. Quando você lê?
Depende do que for. Eu leio histórias (tanto fanfics quanto originais) quase todos os dias pelos sites Nyah! e Universo Paralelo - aliás, recomendo bastante. Matérias e notícias, mais raramente, mas pelo menos algumas vezes na semana. Livros eu costumo ler só durante as férias, porque em épocas de aula meu cérebro e eu não funcionamos pra nada que não seja school-related.  
2. Você lê apenas um livro de cada vez?
Sim, sempre. Quando me vicio num livro, passo horas lendo todos os dias até terminar. Não dou conta de fazer isso com duas histórias diferentes.
3. Qual seu lugar favorito para ler?
Tenho três: meu quarto, por ser muito confortável; a sala, porque o sofá é grande e eu posso até virar duas se quiser; e a varanda, porque é muito iluminada e fica perto da cozinha.
4. O que você faz primeiro: lê o livro ou assiste o filme?
Eu sempre leio o livro primeiro, porque gosto de ter uma base da história para contextualizar o filme. Todo mundo sabe que não dá para colocar tudo do livro na sua adaptação, então algumas cenas e diálogos são perdidos - e isso pode até prejudicar um pouco no entendimento da história.
Em A Pedra Filosofal, por exemplo, o filme mostra de forma bem corrida as chegadas das cartas ao Harry, Hagrid o encontrando e a ida do menino a Hogwarts. Fica tudo muito fora do normal, porque dá a impressão de que Dumbledore só lembrou do Harry alguns dias antes do começo do ano letivo e teve que correr contra o tempo para encontrá-lo e levá-lo à escola.
No livro, Harry recebe as cartas ao mesmo tempo que todos os outros alunos - quase um mês antes do início do ano. Isso nos deixa perceber melhor o que os tios pensam sobre aquilo, como Harry se sentia a respeito e de que forma a notícia de ser um bruxo modificou sua vida.

5. Qual formato de livro você prefere?
Físico. Só li um e-book e detestei. Levei um mês inteiro para consegui terminar, tive muitas dores de cabeça e me distraí muito.

6. Você tem algum hábito exclusivo ao ler?
Não. De vez em quando eu faço anotações sobre os livros (aconteceu muito enquanto eu lia a saga Fallen), mas não posso chamar de hábito.
7. As capas de uma série tem que combinar ou não importa?
LÓGICO! Tem que deixar meu quarto bonito, de coisa feia basta eu.

Lembrando que todo mundo pode (e deve) fazer a tag, e eu agradeceria se linkassem os posts nos comentários. Quanto mais gente, melhor.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Character development

Em outubro, tivemos dois posts. Em novembro, contando com esse, teremos três (no mínimo). Isso só pode significar que minha reflexão a respeito do que o Entrelinhas virou para mim funcionou muito bem para tirar o peso de obrigação dos meus ombros. E eis que, depois de três anos com uma média de dois posts por mês, finalmente estou conseguindo ser mais ativa (de forma completamente espontânea).

Posso falar, com lágrimas nos olhos e dor no joelho (assunto que eu posso tanto deixar para um post futuro quanto nunca mais comentar na minha vida), que o blog finalmente virou aquilo que eu queria desde o princípio. Um lugar onde posso escrever o que eu quero, quando me dá vontade, da forma que eu bem entender. Não é uma obrigação, não é algo que eu não consigo viver sem (nessa lista só temos comida, amor, água e ar). Mas é algo que me dá muito prazer e me deixa bastante feliz.

Bons observadores devem ter percebido que esse é o primeiro dos últimos quatro posts que não começou com a preposição "de". Se não perceberam, estou contando agora e facilitando o trabalho de vocês. Aproveito e explico, de forma rápida e sucinta, o (suposto) significado daquelas postagens: os posts "de" eram, supostamente, para ser pequenos e falar de um único tema diretamente, contrariando minha mania de começar contando sobre purê de batata e terminar chorando por Harry Potter. Eles tinham (supostamente) começo, meio e fim, e um assunto pré-definido já no título.

Basicamente, foi a forma que eu e meu subconsciente encontramos de evitar textões e, mesmo assim, não deixar o Entrelinhas ficar empoeirado e com cheiro de guardado (que nem uniforme escolar no final das férias).

Isso, meus caros, é o que eu chamo de character development.

Em tradução literal, character development seria "desenvolvimento do personagem". Eu poderia me dar ao trabalho de explicar, direitinho, o significado dessa expressão. Poderia, mas não vou, porque mesmo que tenha evoluído em certos aspectos eu continuo uma preguiçosa que está escrevendo pra não ter que fazer o trabalho de química (mentira, eu gosto de escrever).

(Bem mais do que dos trabalhos de química).

Comecei o blog fazendo uma péssima apresentação - que eu não apaguei até hoje porque é uma linda lembrança de um passado não-tão mas já muito distante. Depois, voltei para um "textão" sobre teatro. No mês seguinte, mais um textão, e o especial de fim de ano (amigo íntimo de qualquer um que acompanhe o blog desde o fim de algum ano/começo de outro). Passei meses sem entrar, e textão. Isso se repete algumas vezes. Sumo, volto, textão, sumo, volto, textão, sumo, volto, especial de fim de ano, textão. O denominador comum, aqui, é "textão".

Eu costumava achar que post bom era post grande, e se o assunto que estava na minha cabeça não rendesse algo com mais de 800 palavras, eu não postava. Foi essa mania que me fez transformar o blog numa obrigação e abandonar ele tantas vezes. 

Foi essa mania que eu consegui superar em outubro de 2015, and I couldn't be more proud.

Fazer a série "de" (por falta de nome melhor) me fez perceber que não é só textão que vale a pena ser postado. Às vezes, uma pequena reflexão sobre palavras também dá um assunto legal, bem como os micos que meu cérebro me faz passar. Eu não preciso de nada gigante para suprir minha vontade de escrever. Tudo que eu preciso é de dedinhos, teclado e uma internet boa.

No caso, só tenho dedinhos e teclado. Mas quem não tem cão, caça com gato, né?

Quebrei a série de posts curtos que vieram da quebra da minha mania de textões com um textão (e, vocês, quebrem a cabeça tentando decifrar essa frase). Não sei se é irônico ou coincidência, mas estou feliz porque é algo. Não me lembro da última vez que estive ativa assim.

Me despeço com dois pedidos importantíssimos que eu quero muito que vocês levem a sério!

1) Não tenha medo de postar algo só porque não ficou tão grande quanto o texto da coleguinha do blog que você ama;

2) Não deixe para fazer o trabalho de química um dia antes da entrega.

domingo, 15 de novembro de 2015

Das palavras proibidas

Começo esse breve post (porque eu tenho que dormir) com um quote não tão breve da linda da Beca: "Tô nem aí quem acha que amor é uma palavra proibida. Pior que palavrão, não pode falar para ninguém. O mundo já tá feio demais, se você quer saber."

Quem foi que estabeleceu "amor" como uma palavra feia?

Eu sou uma pessoa que ama muito rapidamente. Digo que amo uma série assim que termino de ver o episódio piloto (e abandono antes do próximo sair), falo eu amo você para amigas que conheço há três semanas e meia (literalmente, mas não abandonei elas até hoje). Até as amigas da internet eu amo demais. Amo mesmo, espalho amor, acho lindo amar.

Aí eu vejo gente reclamando da banalização do amor. De como "amar" virou algo muito básico, e como nós nos declaramos até para o dono da padaria na esquina de casa.

E, juro pra vocês, estou tentando ver o mal nisso e falhando maravilhosamente.

Num planeta como o nosso, em que o ódio traz tantas consequências para a gente, que mal tem em espalhar um pouco de amor? Eu, particularmente, acho muito melhor falar que ama alguém que acabou de conhecer do que odiar essa pessoa e falar mal pelas costas.

Gente, vamos amar mais! Vamos nos declarar mais, sorrir mais, beijar mais... Até mesmo o dono da padaria, porque ele deixa você pendurar a conta e pagar no dia seguinte sem problema nenhum. Esse cara é muito mais que digno de amor, não acham?

E menos ódio disfarçado dentro desses corações. De ódio já basta o escancarado que a gente vê nos jornais.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Das freadas que meu cérebro dá

Quem me conhece sabe que eu sou idiota à tri. E que, na maior parte do tempo, não faço isso por mal.

Já devo ter mencionado (ou não, sei lá) da vez em que minha amiga me fez uma pergunta de sim ou não e eu assenti, respondendo "elevador". Nessas palavras. Há uns dois meses, essa mesma amiga queria saber se "a festa da fulana é nesse sábado?" e eu falei um simples "vou". Acontece direto em épocas de estresse ou quando não estou dormindo direito.

Basicamente, todos os dias.

Às vezes levo uma ou duas coisinhas ao pé da letra só pra fazer piada, assim como todo mundo. Não sou de ferro (muito menos capricorniana) pra levar tudo a sério o tempo todo. Mas, gente, é incrível a minha capacidade de não me esforçar para fazer aquela sinapse magnífica e interpretar o que estão me dizendo.

Sou melhor com palavras escritas do que com as ao vivo. Pelo menos eu posso ler os textos duas ou três vezes antes de tirar conclusões precipitadas que farão as pessoas se perguntarem silenciosamente que tipo de problema eu tenho.

(Note to self: só conversar com o crush quando eu estiver completamente descansada e, preferencialmente, de férias. Estudar cansa.)